Enquanto milhares e milhões de polêmicas surgem em um universo comunicativo, onde temos o poder de nos expressar a cada dia mais, sem restrições excessivas e sem pudores considerados tabus antigamente. Mas, independente a opinião é válida
clichê ou não, nossos limites terminam onde começam os de outrem. E ainda assim, não são todos que sabem onde estão as fronteiras que determinam espaço e tempo adequados para uma expressão vir à tona.
Embora temos diferentes níveis de liberdade e intimidade com amigos e pessoas [des]conhecidas, não é conveniente que opinemos ou intrometamos em todos os assuntos. Principalmente se não somos chamados. O limiar entre caridade e petulância é muito tênue - e difere o solícito do "
bico", intrometido, "entrão" mal educado.
Proatividade e intromissão são diferentes - por abordagem e por intento.
Situações diversas que nos mostram o quanto devemos ser solícitos
e não somos, que vão de enxugar as lágrimas do próximo a carregar a bolsa pesada de um ilustre desconhecido em um transporte público, são contrastadas por atitudes simples que denotam intromissão, exibição e necessidade de destaque.
Se auto-Introduzir-se
a si mesmo em conversas alheias que dizem respeito a assuntos delicados, passar por terceiros sem sequer pedir passagem, furar fila, falar alto sem sequer cumprimentar... Até mesmo quando é um assunto de interesse próprio, a atitude ignorante, grossa e sem um pingo de sutileza - de atropelar, invadir, impor palavras e opiniões - é colocada hoje
e o que é pior vista com normalidade, como se fosse a coisa mais comum e inofensiva do universo. A privacidade (sim, que vem de
privativo, "particular, pessoal, peculiar, próprio, exclusivo"), garantida como direito constitucional no Brasil e em vários países do mundo inteiro, se desvanece, desaparece, por conta de uma ignorância. Desaparecida a peculiaridade de viver, de respirar, de for o que quer que seja, vem a ira, a cólera, que abre espaço para mais e mais ignorâncias e atos cada vez mais podres e degradantes de desrespeito.
Não é verdade?
Então,
não há necessidade nenhuma de marcar um oftalmologista para que enxerguemos nossos devidos lugares. Que saibamos atender às necessidades dos mais próximos quando eles precisarem. Que não os deixemos sozinhos. E que aprendamos as demarcações de nossos limites, para que aprendamos a respeitar o espaço do alheio.
E mais do que isso: que saibamos como ultrapassá-los - o que não é muito difícil.
Na hora certa, no tom certo, apenas peça licença.
É por isso q eu te amo garoto!!
ResponderExcluirSempre perspicaz e carinhosamente ácido!! =P
bejuss