segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Desarme.

Não só hoje em dia, mas desde os primórdios da existência do ser humano, ouvimos falar sobre guerras e rumores de guerras. Civis, internacionais, por motivos banais ou reais; enfim, existem inúmeras guerras. Contudo, existe uma em especial, uma guerra maior, com batalhas a serem travadas todos os dias: a guerra do orgulho.

Mal sabe que aquele que sente orgulho de algo ou de alguém também peca. O orgulho implica colocar-se acima de outrem para um reconhecimento maior. É o pecado mais degradante; porém, o mais cometido por todos. O possessivo, o ciumento, o egoísta... O altivo, o "altamente certo", o "incrivelmente perfeccionista". O recolhido, o introvertido demais; o super aparecido extrovertido e o demasiadamente visível. Quão orgulhoso é aquele que fala mal do alheio? Não se percebe que também há orgulho no olhar de desdém que se lança àquele que é, supostamente, superior ou inferior a si próprio?

Nessa guerra invisível, que "cotidianamente" passa despercebida por olhos sempre ocupados e mentes sempre trabalhando, existem armas sutis, que acabam com laços afetivos - ou com a possibilidade de novos elos: olhares fulminantes, cheios de desdém, palavras ásperas, corrosivas; atitudes explosivas, carregadas de ira, de inveja e ações calculistas, elaboradas para eliminar alvos que atrapalham a ação de nosso falso ego. Outros elementos bélicos não são tão sutis assim e acabam se tornando rotinas de guerras literais: atos de escárnio, pudor e humilhação; ignorância altiva contra um nível hierárquico maior ou menor, seja por insubordinação ou por abuso de poder; restrições sem onde e nem porquê, opressão constante; expressões claras de ódio e a violência propriamente dita.

Todos estamos nesse conflito diário - seja no trabalho, nos estudos, nos ambientes públicos ou privados, em lugares desconhecidos ou familiares, onde somos forasteiros ou populares, até mesmo dentro de casa, onde o lar aparentemente não existe mais. Será o orgulho um problema, um dilema da humanidade? É lógico que Sim. Então, se é uma mal de todos, uma guerra a ser travada todos os dias, quando vai acabar e duas vezes então, viveremos em paz? Definitivamente Não sei.

Entretanto, podemos nos desarmar de toda essa carga bélica. Podemos sim! Porque o principal poder de todo e qualquer ser humano é o poder de escolha. E as escolhas mudam o mundo. É um clichê, mas é uma verdade pura. O mundo, o futuro, o destino, as consequências. Todos dependem de nossas escolhas.

Evite as cortinas do mal humor. Cumprimente.
Diga bom dia para que o seu dia seja bom.
Diga boa tarde, para a tarde ser agradável.
Diga boa noite, ao chegar e ao dormir.
Pode não estar, mas perguntar "tudo bem" demonstra ajuda e preocupação.
Despeça-se gentilmente.

Assim, não aperte o gatilho da hostilidade. Seja agradável.
Peça desculpas. Sorria. Olhe nos olhos.
Não carregue sua jactância*.

Pare de explodir sua ira. Respire. Peça licença.
Dê passagem. Não releve o irrelevante. Seja superior mostrando o quanto é humilde.

Suspenda as balas de opressão. Perdoe.
Dê a oportunidade para que as pessoas lhe perdoem também. Chore, se preciso.
Diga a verdade, mas seja doce. Enxugue as lágrimas.

Abrace. Beije. Não importa o gênero, demonstre carinho.
Não tenha vergonha de ser bom para os outros.

Seja irresistível.
Desarme.

*jac.tân.cia sf (de jactar) 1 Bazófia, ostentação, vanglória. 2 Arrogância. 3 Atitude presunçosa. Var: jatância.

2 comentários:

  1. Oi! Adorei o blog e sou a primeira a seguir!!! Depos aparece no meu e me seguetbem!!!
    Amo vc!!!

    Karla
    echidellanima.blogspot.com

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  2. lindooo!!!
    vou seguir sempre..
    to com saudadess s2

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